Vamos desconstruir um pouco a ideia de Gastronomia!

Já ouvimos falar da gastronomia dividida em dois status: Alta Gastronomia, e por consequência uma “Baixa” Gastronomia. Essa polaridade gera uma certa exclusão, e uma barreira ligada a certos tipos de comida. A cozinha típica nacional (raiz), a comida de rua e a alimentação do dia a dia, são excluídas da “alta” e valorizada gastronomia.

Uma grande amiga sempre diz: “alta gastronomia é balela nesse mundo só existe comida boa e comida ruim, e comida boa é feita com amor e carinho." 

NO BRASIL ENCONTRAMOS A GASTRONOMIA POR TODA PARTE PORQUE NÃO APROVEITÁ-LA?

Me refiro, do idolatrado pastel de feira até o famoso magret (peito de pato)!

Por que não colocar aquelas receitinhas de família no topo da “alta” gastronomia? Falo daquela lasanha receita de família, da polenta ou o famoso frango com macarronada de domingo! Comida que muitas vezes crescemos comendo e que nos trazem ótimas lembranças, uma certa nostalgia e nunca comemos igual em lugar nenhum!

A Gastronomia tem que ser afetiva, lembrar raízes, unir as pessoas pelo simples ato de comer e estar juntos. Cozinhar está totalmente ligado a convivência, coletivo, se entregar ao momento, a incrível magia de se sentar à mesa com a família, amigos, conhecidos colegas ou até quem ainda não conhecemos bem.

O ATO DE COMER É MAGICO!

Acredito muito em uma experiência gastronômica que nos faz viajar através de aromas e sabores através de histórias e experiências, a comida boa além de ser gostosa desperta conexões da memória afetiva. Em uma Gastronomia com foco no social a lógica é a mesma, não que apenas a comida dê a experiência, mas que o ato de estar junto e ouvir histórias, conversar com as pessoas, geram também outras experiências.

Comer pode ser um ato de resistência e de compartilhar!

Proponho aqui um exercício de compartilhar pratos! Quando for a um restaurante com amigos, tente pedir pratos diferentes para compartilhar a comida e assim, poder praticar o ato de dividir, se proporcionando a experiência de conhecer e provar novos sabores tendo até mais assunto para conversar.

Diego Santos

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