O mundo está mudando. A gente pode olhar os acontecimentos mais recentes e achar justamente o contrário.

Mas estamos constantemente em um processo de transformação. Talvez seja por isso que as estruturas já estabelecidas e opressoras, na tentativa insana de se manter no comando, estejam reagindo de forma tão intensa, agressiva e danosa. A proporção da violência se iguala a proporção do avanço. E estamos avançando. Muito. Não haverá recuo. A tolerância tem limites e a própria vida tem apresentado sua insatisfação em forma de calamidades naturais e doenças como esse vírus que nos obrigou a rever – mesmo que de forma forçada para alguns ainda resistentes – nossos princípios e atitudes.

A realidade que estamos vivendo hoje não quer fazer mais concessão para a intolerância, segregação, opressão.

“ ...estamos convencidos de que a mudança histórica em perspectiva provirá de um movimento de baixo para cima. Os atores principais serão os países subdesenvolvidos e não os países ricos. Os deserdados e os pobres e não os opulentos e as outras classes obesas. O indivíduo liberado e não o homem acorrentado. O pensamento livre e não o discurso único”

Milton Santos

É por isso que a reação tem sido forte no que diz respeito a negação das evidências, a violência física. Mas estamos dispostos como sempre e como nunca a resistir! A não retroceder! A continuar e de forma cada vez mais veemente a lutar pelo nosso direito de existir como desejamos e merecemos.

O recado já está dado e não tem nada que os reacionários, opressores, hipócritas de plantão possam dizer para calar ou frear isso.

A cada corpo negro que cai, centenas se levantarão em cobrança por justiça e equidade.

“Escuta! Estão nos maltratando a 3 mil anos. Por que temos que ser pacientes(...) estamos nas covas! (...) Essa é uma atividade coordenada e ocorre em todo país. Nós não somos responsáveis pela doença mental infligida ao nosso povo pelas pessoas que estão no poder!

Negros estão morrendo em estado de emergência! Estou cansada de ser pacífica! Já chega!”

Jovem em protesto (FALAS NEGRAS)

CHEGA.

Tati Tiburcio

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