Estamos passado por tempos de crise!!! Uma pandemia, é a primeira vez que muitos de nós presenciamos isso.

E, além dos cuidados e outras preocupações, é um momento para pensarmos no coletivo, nos preservarmos para preservarmos uns aos outros.

Aos poucos, as grandes metrópoles se desaceleram e ficam cada vez mais vazias, liberando trabalhos e implorando que as pessoas fiquem em casa. Mas você já parou para pensar que há pessoas nas ruas? Que casa? Que higiene? Que acolhimento?

A população de rua, só em são Paulo vem crescendo a olhos vistos. Nos últimos anos de 2015 a 2019 aumentou 53% aproximadamente, chegando a 24.344 pessoas, que eram atendidas por muitas organizações ou grupos de pessoas que distribuíam alimentos, mas que infelizmente tiverem que parar por conta do covid-19.

Além disso, tenho visto o aumento do serviços de delivery e escuto poucos falarem que precisam sair de casa para ter comida. É só chamar que o jantar está na mesa. Mas é preciso lembrar que para esta comida estar na sua mesa, alguém sai de casa para cozinhar e alguém tem que entregar. Muitos de nós, durante este isolamento social, teremos o privilégio de ficar em casa, mas há muitos outros não! Por exemplo, os pequenos negócios os empreendedores individuais, que em sua maioria não tem capital de giro. Minha vó costumava dizer: "Essa semana está difícil estou vendendo o almoço para comprar a janta". Isso muitas vezes é o que acontece com os pessoas que usam 100% do que ganham para pagar as dívidas e contas e fazer o negócio girar mensalmente.

Daí temos um grande dilema: temos que parar? Mas como parar? Quanto tempo eu consigo parar? E quanto tempo eu tenho que parar?

Meu intuito aqui não é responder nenhuma dessas perguntas, mas sim fazer com que possamos refletir e antes de julgar tentarmos entender o que está se passando e nos colocarmos no lugar do outro: empatia. É muito importante pensarmos como é possível ajudar quem está ao nosso redor, no dia a dia, mas em tempos de crise esta consciência deve ser ampliada.

O que é bem diferente da histeria que tenho visto! Uma família que usa um pacote de papel higiênico por mês comprando 30 pacotes, álcool gel esgotado á preços exorbitantes, pessoas fazendo estoque nos supermercados. É justamente o momento que ninguém deveria querer tirar lucro sobre o problema do outro, entender que precisamos dividir, comprar com mais consciência e pensando que outras pessoas também vão precisar, e lembrar que todas aquelas pessoas que estão trabalhando no mercado te atendendo, estão todos os dias saindo em casa, se expondo no caminhando, pegando transporte público e expondo suas famílias por consequência.

É um momento importante para pensarmos juntos, criarmos soluções, se prevenir e pensar no coletivo!

Diego Santos

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PS: Tem circulado na internet um comunicado para você comprar a sua comida nos mercados e restaurantes perto da sua casa, nas redes pequenas. É isso! prefira cozinhar em casa, fazer economia, consumir no seu bairro e evitando grandes deslocamentos e ajudando a economia local neste momento.