Atualmente no Brasil muitas empresas abrem e fecham, mais precisamente uma a cada quatro empresas fecham as portas antes de completar dois anos de vida. Na gastronomia isso não é diferente e ainda um pouco pior. O número sobe para dois a cada quatro restaurantes.

Com esta nova onda de renovação da gastronomia, chef's, mais cursos de formação inclusive de graduação, programas de tv ganhando prestígio e dando prestígio a chefs, pode parecer que ficou mais fácil abrir um “negócio de comida". Com isso, em muitos casos restaurantes são abertos por impulso. Escuto com frequência pessoas dizendo: 

- Vou sair do meu trabalho, pegar a minha rescisão e abrir um restaurante porque todos falam que minha comida é gostosa e cozinho muito bem!

O grande problema nesse impulso é pensar que apenas cozinhado bem se pode tocar um restaurante. Há muitas outras etapas: é necessário saber administrar, comprar, contratar, fazer a gestão do atendimento ao cliente e marketing. É uma cozinha sim ,as uma cozinha dentro de uma empresa! Sem falar no local a se escolher! Este impulso acaba gerando uma expectativa que não será a real. É preciso planejamento, estrutura, investimento e conhecimento do mercado, não apenas a comida ser gostosa!

Mas esse não é o único impulso que é comum na gastronomia. Nessa era de reality shows de cozinha, todos querem ser chefes pelo glamour e status social. Buscam o quê é vendido nas telinhas e nessa busca por ser chefe, muitos fazem cursos caríssimos e rápidos na ânsia de atingirem seus objetivos para ontem, se auto intitulam chefes de cozinha sem nunca nem ao menos ter trabalhado um dia se quer em um restaurante, mas será que o impulso atende a expectativa?

Muitas vezes não! O melhor pulso na minha opinião, é aquele que você consegue controlar. Porque é fato que muitas vezes nossos impulsos não seguem nossas expectativas, isso é pior ainda quando empreendemos, pois pode gerar altos prejuízos financeiros!

Diego Santos

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