Coletivo Indra

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O corpo negro

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O corpo negro vive na linha de tiro.

Entre oito e oitenta.

Invisibilizado.

Marginalizado, roubado e largado em território inimigo.

Subjugado por um povo que se sente superior.

Fomos vítimas de um processo intenso de descaracterização, pra nos colocar em um lugar de inferioridade.

Esconderam que nossos ancestrais fizeram de colônias, impérios independentes.

E é preciso descolonizar mentes pra construirmos uma nova realidade.

Ancestrais antigos influenciaram e influenciam o mundo, foram os primeiros a andar, pensar e falar; são criadores da ciência, das civilizações e até da escrita. Nossa história não começou na escravidão.

Faz-se necessário romper o domínio do império branco, que não é eterno.

Assim como começou tem que acabar.

NÃO, ninguém lutará por “noix”. Somos os únicos interessados na real libertação; libertaram os corpos, mas escravizaram as mentes e a terra.

As únicas ferramentas que temos pra construir são cultura e informação. Por isso, canto aos quatro ventos que precisamos de um exército de edu-comunicadores, pessoas dispostas a multiplicar conhecimento, na intenção de tornar as almas libertas.

 

Urubu do Quilombo

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