Coletivo Indra

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Vou te contar ...

imagem acervo Tom Jobim

Vocês sabiam que Tom Jobim nasceu pelas mãos do mesmo obstetra que dez anos antes trouxe ao mundo Noel Rosa?

Imaginei o obstetra, nos dias de hoje, descrevendo em sua BIO nas mídias sociais seu grande feito profissional. quantos likes o obstetra teria? 

Ah, lembrei-me do arqueiro do Vasco que ficou famoso por “tomar” o milésimo gol do Pelé e tornou-se uma lenda nas rodas de conversas nos botequins pois decidiu compartilhar a realização nos cartões de visita que distribuía. Genial, não?

Outros tempos, éramos mais simples...

Voltando ao Maestro, foi em meados de 1960 que Tom Jobim se fixou nos Estados Unidos, por conta do clima político no Brasil, para em 1967, numa tarde ensolarada da Califórnia, compor a Música Wave. 

Confesso a vocês que sempre achei o nome da composição, que inclusive intitula o quarto disco, aquém de sua representatividade.

E é neste tipo de situação que procuro romantizar os meus heróis e minhas heroínas. Prefiro acreditar que a saudade do Brasil, do seu Rio de Janeiro, foi o ápice para construção desta obra definitiva sobre a bossa nova. Ou até mesmo que Tom Jobim era budista por entender que somos um oceano inteiro dentro de uma gota d’água.

No início da obra prima Wave, Jobim nos lança a seguinte provação: “vou te contar os olhos já não podem ver, coisas que só coração podem entender. fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho.” 

Cantarolaram, né? 

Qual não foi a minha surpresa ao me deparar no texto do meu irmão no Dharma e colega de Blog, Arthur Spada, que O Brilho No Olhar Nos Salvará

Durma com esta Tom Jobim!

olho para 1967, 

volto para 2019, 

clima tenso político, 

o olhar não enxerga coisas que só o coração pode entender, 

somente o olhar nos salvará, 

Jobim, 

Arthur Spada

espiral, labirinto, dia da marmota, 

sei lá...sei lá...eu só sei que eles estão com a razão...

Cantarolaram de novo

Everton Asao

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Ref: Histórias de uma canção - Tom Jobim