Coletivo Indra

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Quem é você?

Imagem: Jacson Almeida (instagram: @jacson.art)

Sempre parece estar

com a arma carregada

e apontada para mim.

Mas veja, olhe bem:

meu corpo não tem mais onde furar.

Agora só resta,

você queimar minha roupa.

 - Sinhá.


Há quem diga que viver é se (des)construir diariamente e que uma das possíveis consequências para quem não se liga na existência da bolha em que habita, e na importância de transcender ela, é a própria destruição pela sociedade.

Parte desse processo de adquirir autoconhecimento e, assim, performar quem se é envolve reconhecer qual posição se ocupa entre os privilégios e os preconceitos pautados em diferenças sociais: entre o homem branco, rico, não deficiente, cisgênero e heterossexual e a mulher preta, pobre, deficiente, transgênero e homossexual, quem é você?

A partir disso, ok para nós, privilegiados, pois não é nossa culpa o fato de sermos; mas e aí, e os não privilegiados, é culpa deles? Em ambas as situações os indivíduos não merecem o que foi dado a eles, mas somente em uma delas vários deles são prejudicados. Como exemplo disso, podemos citar o tão conhecido áudio que virou meme da “Barbie fascista” que, por sua vez, só trabalha porque tem pai; mas e quem não tem pai, não trabalha? Logo, é justo que a gente devolva à sociedade o que não é devido a nós, ajudando a quem se pode, com o que se tem.

 Outro ponto importante dessa narrativa é se colocar como aliado de quem tanto sofre com tais desigualdades e, não, como competidor. Por vezes, tentamos levianamente dissertar sobre questões que não vivemos, ocupando momentos de fala e lugares que foram negados às pessoas invisibilizadas. Bora disponibilizar os espaços, democratizar os acessos e utilizar nossa visibilidade em favor do outro?

 E pra fechar essa incrível experiência que é escrever para um público que tem interesse em questões relacionadas ao bem estar do outro: humanos são seres sociais e isso significa que possuímos a necessidade formar sociedades para viver. No entanto, penso que a mais qualitativa vida que qualquer um pode ter é em uma sociedade na qual os seres respeitam e valorizam a diferença. Afinal, lutar pelo bem estar de cada indivíduo é assegurar que o mesmo contribua em sua melhor forma para a sociedade em que nós vivemos, é lutar pelo nosso bem estar.

Pedro Henrique

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PEDRO HENRIQUE

ESTOU ME DESCOBRINDO. NÃO QUERO SER CLICHÊ COM VOCÊS, MAS POUCO SEI SOBRE MIM. ACHO QUE ESTOU EM UM MOMENTO DAQUELES ONDE TU SENTE QUE PRECISA TOMAR UMA DECISÃO QUE IRÁ SE PERDURAR POR MUITO TEMPO, OU NÃO RS. ENTÃO, TIRO UMAS FOTOS DE FLORES AS VEZES, ESCREVO UM POUQUINHO E SINTO QUE PRECISO AJUDAR O MUNDO, MAS NÃO SEI MUITO BEM COMO. ME CONTEM, SE SOUBEREM?

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