Coletivo Indra

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Qual a “sexualidade” do governo Bolsonaro?

É sabido que a campanha para presidência do atual presidente da república se deu a partir de fake news como a mamadeira de piroca e o Kitgay, a primeira como um subitem da segunda. Durante as eleições de 2018 Jair Bolsonaro (PSL) utilizou fake news de que Fernando Haddad (PT) estaria defendendo um kitgay composto, entre outras coisas, por uma cartilha e mamadeiras de piroca.

Essa tática tinha como intenção colocar as pessoas “de família” contra o professor que era seu adversário, colocando -o como uma pessoa que incentivaria uma “ideologia de gênero” como também prejudicar lutas feministas e LGBTQI dentro e fora do contexto escolar. A cartilha mostrada pelo atual presidente durante no Jornal Nacional em 28 de agosto de 2018 não foi comprada pelo MEC e na verdade em 2011 o Ministério da Educação tinha financiado uma cartilha destinada aos professores para o combate a Homofobia. 

Então, Bolsonaro só quis manchar a imagem do seu principal oponente com a cartilha, e com a luta de minorias que lutam para transformar a escola em um ambiente mais acolhedor. Em seu governo a sua então ministra Damares Alves , no ano de 2020, foi responsável por organizar um ato para que uma adolescente vítima de estupro não abortasse demonstrando mais uma vez como o governo não está preocupado com a educação sexual e com a segurança da vida das mulheres, mas em controlar os corpos e submetê-los a um debate superficial que prejudica pessoas em situações vulneráveis.

Nesse ano de 2022, por sua vez, em meio a uma crise econômica e de saúde, saiu a notícia de que o exercito brasileiro com a verba do SUS,adquiriu um montante considerável, comprou viagra e prótese peniana,  o que levou a internet e os meios de comunicação se perguntar o porquê desse investimento.

Na defesa Jair Bolsonaro diz ser um medicamento para hipertensão arterial pulmonar, mas existe  um debate entre os especialistas dizendo que a dosagem comprada não é a indicada para o tratamento. O deputado Bira de Pindaré (PSB-MA) colheu assinaturas para abrir uma comissão parlamentar de inquérito do Viagra para investigar o superfaturamento do governo através dessa medicação.

Assim, pode-se observar como que ao longo dos anos em que o atual presidente governa o Brasil, seu governo está pautado na heteronormatividade e na potência sexual. Seja ao associar seu adversário ao incentivo de práticas sexuais, seja ao perseguir políticas públicas que lutam por igualdade de gênero e respeito à sexualidade, seja ao defender a compra de medicamento para virilidade e de próteses penianas.

É como se o poder estivesse atrelado ao que é másculo, e tudo que é desviante deve ser abolido. É o vigor do homem heterossexual que pauta as relações políticas desse governo e ele sempre nos lembrará disso.

Maiara Amaral

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