Ser Médico

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Medicina é uma profissão árdua.  Muitos lados e pessoas envolvidas, responsabilidade com a vida. Muitas noites sem dormir, pensando o que pode acontecer com seu paciente. Milhões de diagnósticos e prognósticos; doenças inesperadas sem causa. E vale sempre a máxima: existem doentes, não doenças. Uma pneumonia pode ser fatal para uns, para outros não. Tudo depende de sua susceptibilidade em adoecer, o terreno onde adoece sua família.

Quando nos formamos e fazemos nosso juramento, parece simples, pois passamos a faculdade e a residência  supervisionados. No momento em que nos deparamos solitários em um consultório, nosso alerta se acende, pois coisas simples se complicam em minutos ou horas, mesmo com seu diagnóstico correto. Porque? Porque nem tudo que está nos livros acontece igual : aquele ser ali na sua frente pode te surpreender com uma reação inesperada que não estava em relato nenhum. E a pergunta é: morreu por negligencia? por falta de diagnóstico correto? porque não deu tempo de produzir anticorpos imediatos para combater a doença?

Morrem crianças e adultos inesperadamente no mundo todo e isto nos deixa perplexos , paralisados e frustrados. O que poderia ser feito que não foi possível? Não somos Deuses, apenas médicos; não podemos falhar, mas há  coisas sobre as quais não temos o controle.

Sobre a vida não temos mesmo. Há uma energia de vida em cada um de nós, que é a energia vital, que  nos mantém no estado de saúde e em desequilíbrio nos adoece de forma grave ou suave.

Aprender depois de muitos anos que  medicina não é só é dedicação contínua, mas amor contínuo também. Quantas pessoas nos procuram e só querem uma palavra de carinho, um abraço, um reforço positivo? Na realidade querem que você os escute. Vemos, por exercer a Homeopatia, que tem uma abordagem mais holística direcionada ao doente e não  à doença, uma integração melhor entre médico e paciente. Aprender a ouvir é o diferencial, e isto quando exercido, faz a diferença. Conheço alopatas que trabalham assim e sinto nos seus pacientes esta diferença, quando falam deles.

Mas de maneira geral nas instituições, no atendimento ambulatorial este vínculo não acontece, por falta de interesse ou por falta de tempo para ouvir este paciente. E ele voltará inúmeras vezes com doenças sem diagnóstico até tomar um antidepressivo. “ O chato chegou”.

Presta atenção nele e vê o que o adoece.  As vezes á só a própria vida e o mundo lá fora com o qual não consegue se harmonizar. A doença dele é da ALMA!!!

Beijos

Hayde Haviaras

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