Educação e Tecnologia

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Ontem conversando com uma mãe de um bebê de 8 meses, ela me questionou sobre tecnologia. Como ia introduzir isto na vida de seu filho, pois achava que esta geração não poderia ficar longe de um tablete ou um celular.

Falei que tecnologia é importante, vai com certeza permear a vida deste bebê, mas que tecnologia não é colocar um celular na mão de um filho e deixar ele navegar no Youtube, vendo crianças ensinarem a brincar ou ensinarem a se maquiar. Onde fica a criatividade da criança que precisa criar sua brincadeira e não copiar a brincadeira de outro? O que estaremos tolhendo nesta criança? Estava muito preocupada em como ia educar o filho.

Falo que sempre precisamos de limites, pois dentro destes limites nos criamos mais seguros, como se estivéssemos espremidos num canal de crescimento que nos direcionará para a vida. Sabemos que tem que haver um equilíbrio na forma como educamos nossos filhos, pois se os pais forem muito permissivos e não estabelecerem barreiras e limites suficientes, ou muito autoritários e rígidos, os filhos terão baixa de auto estima. Quando tratados com tolerância e respeito, com limites flexíveis, serão mais confiantes e seguros e estes limites serão  oportunidades que definirão os caminhos, e não barreiras no caminho.

 O limite que estabelecemos, tem que estar de acordo com o que julgamos certo para nós e nossos filhos, e, portanto, isso passa pela forma como fomos educados e observamos a vida e a nós mesmos? O que deu certo na minha vida? O que deu errado na minha vida? O que nãoquero que meu filho repita das minhas atitudes incorretas?

Educar passa por muitas vertentes, desde alimentar, ensinar a dormir, dar conforto esegurança, amar e acariciar. Quando nossos filho são pequenos, os estimulamos a explorar o mundo, apresentamos brincadeiras e folguedos, para experimentarem coisas diferentes e quando fazem coisas perigosas para a vida ensinamos que estes comportamentos são prejudicias , para não se machucarem, como colocar a mão no forno quente, e dizemos o famoso “ não’.

A medida que eles crescem, e já conseguimos dialogar devido a idade, e digo que isto está numa idade bem mais precoce, temos que falar o que queremos nas situações mais diversas dos acontecimentos diários criando uma rotina que permita a criança se situar dentro desta família que hoje trabalha e vem para casa final da noite exaurida. A estratégia de poder dos pais muda, porque há uma intolerância as regras e um enfrentamento, e direcionar estas atitudes para uma brincadeira que funciona nos pequenos, simplesmente não funciona nos mais velhos.

 A reação de nossos filhos a qualquer limite, dependerá de quão ligados à família como um todo eles se sintam, e entenderem que estes limites têm a ver com a preocupação dos pais em educá-los, e eles perceberem que somos justos e leais em nossas atitudes. Por conta disso, respondi a ela que não deveria oferecer a seu filho um objeto como um celular, que é prejudicial a saúde dele.

 Hayde Haviaras

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