IT, A COISA, NA TERRA DOS CHUPA-CABRAS
Os depoimentos dos irmãos Luís Cláudio Miranda, deputado federal (DEM-DF) e do servidor público do ministério da saúde Luís Ricardo Miranda , fazem parte do crime que a CPI da covid investiga. O caso em questão é o contato da compra bilionária da vacina indiana Covaxin pelo ministério da saúde, que apresenta indícios de esquema de corrupção do governo.
Em depoimento à CPI Luís Ricardo Miranda relatou que sofreu pressão da alta gestão para conseguir o documento do contrato o mais urgente possível.
O único contrato para a compra de vacina para a Covid-19 que teve intermediário foi o da Covaxin.
E torna a situação ainda mais suspeita, a intermediária é precisamente a Precisa Medicamentos, empresa do grupo Global Gestão e Saúde, famosa no corpo técnico do ministérios da saúde por sua má reputação. A Global Gestão e Saúde recebeu, em 2017, R$ 20 milhões do governo federal por remédios que deveriam ser entregues ao SUS, o que nunca ocorreu.
Enquanto que o deputado federal Luís Miranda, em seu depoimento, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (que até hoje continua sem partido) sabia do envolvimento de um político pró-governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), no esquema ilegal para a aquisição da vacina.
A vacina foi adquirida por um preço 1000% a mais ao preço anunciado.
Mas, o que isso tem a ver com a presidência da República? Tudo. O cargo de presidente da República, ou chefe do executivo nacional compõe o alto escalão do poder público. Ou seja, como um funcionário público de cargo eletivo, o presidente da República está submetido às normas que regem o funcionalismo público.
E a Prevaricação é um tipo de crime que pode ser praticado pelo funcionário público contra a administração pública. De acordo com o artigo 319 do código penal brasileiro, o crime de prevaricação ocorre quando um funcionário público "retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".
Isso é no mínimo cínico, pois o sujeito em questão é aquele mesmo cidadão que ao longo de 2017 discursou para quem quisesse ouvir que votar nele para presidente da República era uma aposta de um governo sem corrupção e de um Brasil melhor.
O "mito" que prometia feitos heróicos entra para a história como um dos piores vilões da história brasileira. Seu governo necropolítico matou mais que os 500 mil mortos ao longo dos 10 anos de guerra na Síria. Matou mais que o total de mortos pela bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, no que foi uma das maiores tragédias da humanidade.
No lugar do Bozo, Bolsonaro, está mais para o palhaço assassino, o palhaço It a coisa. Quantos CPFs a mais serão cancelados? Até quando?
Agora é aguardar a CPI da Covid chamar para depor o dono das duas empresas, Global Gestão e Saúde e Precisa Medicamentos. Quem foi o principal responsável pela intermediação entre o Palácio do Planalto e a Bharat Biotech para a aquisição da vacina indiana Covaxin. Francisco Maximiano.
Marina Rute Pacheco
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