Falando de alimentos e soberania alimentar
Dessa vez vamos falar um pouco de soberania alimentar, é muito comum na área da gastronomia se falar de segurança alimentar e segurança dos alimentos. Falando nisso vamos lembrar de cada um resumidamente, a segurança dos alimentos está envolvida com normas e práticas para a produção de alimentos “alimentos seguros para o consumo”.
Mas isso nem sempre significa que esses alimentos são nutricionalmente saudáveis, atualmente vemos que é crescente pessoas obesas desnutridas exatamente obesos e desnutridos, pois falta um balanceamento nutricional, costumo brincar , uma pessoa que decide só comer batata frita é vegana porém será que ela é saudável?
Brincadeiras à parte uma dieta deve ser balanceada, saudável, deve ter fibras, proteínas, vitaminas entre outras; mas temos por tendência amar açúcar, temperos prontos e gordura.
Mudando para segurança alimentar falamos de alimentos para todos , o direito do ser humano a comida e alimentação, colocando em assunto desde a produção e o acesso ao alimento, regulando a agricultura e as políticas públicas para que todos tenham acesso a comida e que a mesma seja adequada nutricionalmente falando, mas na verdade nem sempre todas as escolhas para esse fim são corretas principalmente quando falamos de agricultura x biodiversidade e é por isso que gosto muito do termo soberania alimentar.
Na soberania alimentar fatores como regionalidade e sazonalidade entram nessa equação plantas locais e adaptadas entram no lugar de cultivos de fora (cultivos esses que muitas vezes castigam e roubam a produtividade do solo).
Os agricultores se tornam os detentores e guardiões de suas sementes, imagine um mundo onde um agricultor produzir a sua própria semente para cultivar é errado, imaginou? Pois é, bem vindos estamos nesse mundo, parece até absurdo porém é o que acontece em muitos países é quase um crime cultivar suas sementes em outros o agricultor pode até ter sua semente mas não pode vende-las e além disso muitas vezes usar as próprias sementes cancela direitos a subsídios e incentivos à produção.
Os alimentos e a agricultura se tornam personagens mais importantes para criação de políticas públicas e economia, nossa comida não pode ser um produto patenteado e com direitos reservados a poucos a comida tem que ser de todos e para todos.
Diego Santos
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