Palestinos e a resistência a catástrofe

Na introdução do seu livro Notas sobre Gaza o jornalista Joe Sacco (2010) faz uma reflexão importante a partir de uma frase que escutou na Palestina enquanto fazia uma reportagem , de que ali os eventos eram contínuos , então termina afirmando que os palestinos nunca puderam se dar ao luxo de digerir uma tragédia antes que outras lhe fossem impostas.

E essa é realmente a realidade triste dos palestinos, esse ano a NAKBA, catástrofe em português, fez setenta e quatro anos nesse 15 de maio, desde a criação do Estado de Israel e a expulsão de 800 mil palestinos das suas terras os tornando refugiados.

Desde a invasão sionista em 1948 até hoje os palestinos não tiveram condições de restabelecerem seus direitos, muito pelo contrário sofrem cada vez mais com o apartheid e a limpeza étnica promovida pelo Estado de Israel.

E no dia 11 de maio desse ano, dois dias antes do dia 15, a repórter Shireen Abu Akleh de cinquenta e um anos do Al Jazeera foi morta por forças israelenses, enquanto cobria um ataque no campo de refugiados de Jenin na Cisjordânia. O lugar foi ocupado em 2002 e sofreu um dos ataques mais cruéis por parte do exército israelenses, e em abril desse ano tornou a sofrer ataques sionistas.

Shireen Abu Akleh era uma ativista palestina conhecida por fazer cobertura dos conflitos Israel e Palestina.

E durante o seu velório houve um ataque em que policiais agrediam aqueles que estavam de luto no seu funeral, fazendo com que seu caixão fosse quase derrubado. Por outro lado palestinos estão prestando homenagem a jornalistas que foi por muito tempo a “voz” das suas lutas batizando seus filhos que nasceram com o nome dela.

Passaram- se setenta e quatro anos desde que Israel invadiu a Palestina expulsando-os das suas terras e desde esse momento os palestinos nunca mais tiveram condições de viver em paz em sua terra, as violências se intensificam a cada ano e cada vez mais o estado de Israel priva os palestinos de sua humanidade até quando já estão mortos como podemos perceber no caso da jornalista.

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