Rumeiro
Um dia desses um amigo de longa data, dos tempos criativos de faculdade entrou em contato para minha surpresa, pois há muito não nos falávamos. E ele me diz: "escrevo poemas! Você poderia publicar alguns no seu blog?”
No mesmo momento em que fico feliz por ele saber do blog sem eu mesmo contar deste projeto, me enche mais de alegria ao saber que tem mais um poeta no mundo labutando versos. Ou melhor, um professor de antropologia e filosofia do direito que optou pela poesia como respiro.
Como não publicar poesia aqui? Como não apresentar um novo poeta neste blog? Como não saber de um amigo e ficar feliz?
Com vocês Rumeiro Sócrates Fusinato …..
ramalhetes pra quem vem
rumeiro dedilha palavras
jardina com verbos um vazio de imagem de música de letra
um vazio qualquer prum escrito que vier
um vazio que sempre volta após leitura de um escrito rumeiro
rumeiro soterra sentidos pra plantar outros tantos
como quem pincela sem limar contornos toca semblantes
um beijo assim
só
numa clareira lotada de desejos se permite aflorar
SOSLAIOS APOEMADOS
frestam
sempre vão
em idas que sinalizam impossíveis retornos ao ponto de partida
num andarilhar que se apoema a partida de um ponto é sempre enigma daquilo que vem
numa busca a percorrer uma estrada-poema as pegadas se apagam
só
guiando-olhos-chão
restam caminhos
sob sóis de dizeres mil
cegando passo que não se detém diante de palavras-clareiras
um rumeiro segue
Sócrates Fusinato
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SÓCRATES FUSINATO