Tentando sobreviver, apesar do Brasil

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Estou tentando sobreviver, apesar do Brasil. Essa tem sido a minha frase mais comum nas várias reuniões virtuais que tenho ao longo dos meus dias.

Que outra resposta eu poderia dar? Estamos no mês seis do ano dois mil e vinte e um e basicamente nada aconteceu de motivador. Sufocamento. Um claustro.

Como sobreviver diante da irresponsabilidade do viver? Como confiar em estar com o outro quando não se tem certeza dos caminhos que ele tem passado? Como ter empatia diante da desgraça coletiva?

Como forma de sobrevivência, tenho tratado de desanuviar. Permitir a catarse. Sair da conexão 24h. Respirar. Olhar para a manhã. Ouvir o barulho da rua. Fazer vários nadas de dentro pra dentro. Olhando os verdes intensos das folhagens da árvore do quintal e me enchendo de esperança. Eu tenho esperança no abraço.

Todo tempo é tempo, já aprendi com Oxalá. Esse é o tempo do luto, do recolhimento, do sol do meio-dia, do silêncio. É o tempo de Omolu. É o tempo de lucidez.

Se cuidem.

Aza Njeri

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