Gastronomia social em tempos de crise

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Recentemente pude participar de uma ação de entrega de marmitas na Cracolândia com o Chef de cozinha Júlio Ritta, e conheci o Padre Júlio Lancellotti que me fez refletir em suas palavras:

- Se hoje pessoas passam fome é um sinal que tem gente ou comendo de mais ou guardando de mais.

- No Brasil do século 21 um ato de protesto é ajudar a quem precisa.

A gastronomia social vem tomando força especialmente nesses últimos dois anos que estamos passando por uma fase difícil.  Estamos em uma pandemia longa que começou com uma restrição de 15 dias, que foi aumentando para um mês, depois foi para meses e já estamos a mais de um ano aprendendo a viver sobre novas perspectivas e nos adaptando com essa fase que é conhecida como ”nova realidade”.

O incrível é que no meio de tantas notícias desanimadoras e catastróficas conseguimos ver muitas iniciativas focadas em ajudar a quem precisa, e na gastronomia não é diferente, afinal a alimentação é um direito de todos, mas infelizmente nem todos tem acesso fácil a alimentação e quando falamos de alimentação de qualidade é mais difícil ainda.

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Todos os dias, como uma resposta a fome, aumentam o número de iniciativas de entrega de marmitas, alimentos e cestas básicas que são muitas vezes financiadas por pessoas físicas que ajudam não com o que sobra, mas sim dividindo o que tem.

 Isso mostra que pouco a pouco estamos mudando o nosso pensamento individual e partindo para o coletivo. No mundo hoje produzimos comida suficiente a todos, porém no nosso dia a dia jogamos muita coisa fora.

O desperdício médio de alimentos em uma casa chega a um terço do que é comprado, por isso entendermos o nosso consumo pode ajudar e muito a combater o desperdício e ainda podemos ajudar a quem precisa apenas evitando jogar fora.

Hoje em dia é importante que não percamos a esperança e não deixemos de nos prevenir e nos proteger, e aproveitarmos nosso dia a dia para refletir nos nossos hábitos e praticar pequenas mudanças e sempre que possível ajudar, pego como exemplo o Ghee (um tipo de manteiga clarificada).

Quando fazemos esse preparo não podemos ter a temperatura alta pois queima, não podemos ter a temperatura baixa pois não conseguimos retirar as impurezas e não podemos adiantar o processo. Temos que esperar o tempo que cada barra de manteiga precisa, mudarmos nossos hábitos é como o processo do  Ghee não se pode acelerar e é um resultado de muito tempo e trabalho.

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Diego Santos

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